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Por que Cazuza cuspiu na bandeira do Brasil em show? 3s4570

No documentário Cazuza: Boas Novas, o exato momento em que o cantor carioca cospe no símbolo nacional é exibido e discutido 114564

13 jun 2025 - 13h42
(atualizado às 14h17)
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Por que Cazuza cuspiu na bandeira do Brasil em show?
Por que Cazuza cuspiu na bandeira do Brasil em show?
Foto: Reprodução/TV Globo / Rolling Stone Brasil

Brasil, música composta por Nilo Romero, George Israel e Cazuza, é considerada um dos maiores gritos de protesto da música popular brasileira dos anos 1980. Lançada em 1988, a canção critica a hipocrisia social, a corrupção política e o falso moralismo do país com versos contundentes como "Brasil! Mostra a tua cara! Quero ver quem paga pra gente ficar assim". 551f25

A música se tornou um símbolo da indignação de uma geração e consolidou a imagem de Cazuza como artista combativo e crítico da realidade brasileira; e em um show, a execução da canção se tornou histórica: Cazuza cospe na bandeira duas vezes. O momento ganha destaque no documentário Cazuza: Boas Novas.

No documentário dirigido por Nilo Romero e Roberto Moret, que ganhará sua primeira exibição neste sábado, 14 de junho, no Festival In-Edit, o exato momento em que o cantor carioca cospe no símbolo nacional é discutido e exibido.

A cena 495

Durante um show no Canecão, em 18 de outubro de 1988, o cantor Cazuza, que apresentava-se à época com o repertório do álbum Ideologia, pegou uma bandeira do Brasil, jogada por um fã no palco, e cuspiu duas vezes no símbolo nacional, declarando mais tarde que não se arrependia do ato.

Ele explicou que seu gesto não se dirigia à nação em si, mas à forma como a bandeira era usada por alguns: "para todos acordarem", disse, referindo-se ao que considerava um patriotismo vazio e oportunista . Para Cazuza, a atitude foi uma protesto artístico para questionar a "história triste e patética" de desigualdades e injustiças persistentes no Brasil, como inflação altíssima, conflitos sociais e a destruição ambiental.

A repercussão 354t48

A atitude gerou repercussão massiva: enquanto alguns fãs se identificaram com seu desabafo, outros ficaram profundamente chocados. Diversas celebridades se manifestaram contra o ato. O jornalista Humberto Saad chegou a afirmar que não itiria tal ofensa à bandeira.

Em resposta à polêmica, Cazuza escreveu uma carta explicando o real motivo pelos cuspes, no entanto, ela só foi publicada pelo jornal O Globo semanas após a sua morte. Confira:

"Está havendo uma polêmica, um escândalo, como diz o JB de terça‑feira, 18 de outubro, com o fato de eu ter cuspido na bandeira brasileira durante a música Brasil, no meu show de domingo no Canecão. Eu realmente cuspi na bandeira, e duas vezes. Não me arrependo. Sabia muito bem o que estava fazendo, depois que um ufanista me jogou a bandeira da plateia.

O senhor Humberto Saad declarou que eu não entendo o que é a bandeira brasileira, que ela não simboliza o poder mas a nossa história. Tudo bem, eu cuspo nessa história triste e patética. Os jovens americanos queimavam sua bandeira em protesto contra a guerra do Vietnã […]

Será que as pessoas não têm consciência de que o Vietnã é logo ali, na Amazônia, que as crianças índias são bombardeadas e assassinadas […]? Que a África do Sul é aqui, nesse apartheid disfarçado em democracia, onde mais de cinquenta milhões de pessoas vivem à margem da Ordem e Progresso, analfabetos e famintos?

Eu sei muito bem o que é a bandeira do Brasil, me enrolei nela no Rock in Rio junto com uma multidão que acreditava que esse país podia realmente mudar. A bandeira de um país é o símbolo da nacionalidade para um povo. Vamos amá-la e respeitá-la no dia em que o que está escrito nela for uma realidade. Por enquanto, estamos esperando."

Sobre Cazuza: Boas Novas 5g4p4q

A novidade aborda um dos períodos mais intensos, produtivos e simbólicos da vida de Cazuza: entre 1987 e o início de 1989, enfrentando o diagnóstico de AIDS e um agravamento severo de saúde, o artista viveu uma explosão criativa, lançando três álbuns, sendo premiado inúmeras vezes e realizando mais de 40 apresentações com o espetáculo O Tempo Não Para.

Cazuza, Boas Novas é dirigido por Nilo Romero e tem produção da 5e60 Filmes, com distribuição da Kajá Filmes e Curta Cine-Distribuidora, o braço de distribuição do Canal Curta. Assista à primeira prévia da novidade a seguir:

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