‘Coisas inexplicáveis’, diz especialista em aviação sobre sobrevivente em queda de avião na Índia 4i204e
Perito aeronáutico explica sobre as chances de sobreviver a uma queda de avião e comenta sobre o lugar que o sobrevivente estava sentado 4v2c3w
Tem coisas que são inexplicáveis, é o que pontua o perito aeronáutico Daniel Calazans ao comentar sobre o caso do único sobrevivente da queda do voo AI171, que ocorreu próximo ao aeroporto de Ahmedabad, na Índia, nesta quinta-feira, 12. O homem estava sentado na poltrona 11A e, conforme explicou o especialista em aviação ao Terra, esse assento não o garantia mais segurança frente aos demais . 2k2f3f
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O assento 11A é localizado mais à frente do avião. E, segundo o especialista, existem maiores chances de sobrevivência em caso de um acidente aéreo justamente no lado oposto, na parte traseira da aeronave.
“Em um acidente, principalmente em uma colisão, há uma tendência das poltronas se despregarem e ficarem todas acumuladas ali na frente. Então é muito comum as pessoas morrerem por esmagamento. E as [poltronas] que estão atrás, têm menos chances de serem esmagadas”, explica.
Mesmo assim, não é possível afirmar nada com precisão, pois os fatores são múltiplos em casos como esse.
“Quando a gente diz maior probabilidade, não é garantia que as pessoas vão sobreviver. Vai depender muito do acidente, da queda do avião, da altura, de como foi a queda, se o avião teve um deslocamento horizontal ou vertical antes da colisão com o chão…”, pontua o especialista, que também cita outros fatores como impacto e incêndio.
Se tratando de uma aeronave de grande porte, Calazans explica que a possibilidade de sobreviventes é remota. E e aí que entram as coisas que ele considera inexplicáveis.
“Não tem como explicar. Eu acredito muito na mão de Deus. Então, há acidentes em que a aeronave ficou totalmente deteriorada e, mesmo assim, há sobreviventes. Como nós tivemos o caso da Chapecoense, alguns anos atrás”, relembra. “Eu reputo como um caso tecnicamente inexplicável”.
Sobre o caso da Índia, ele cita ser muito difícil as chances de sobrevivencia, principalmente considerando que o homem estava na poltrona 11A. “Em tese, é uma poltrona que representaria poucas chances de sobrevivência”.
A poltrona em questão estava ao lado de uma porta de emergência e, como pontuou o especialista, esse fator pode ter ajudado o sobrevivente – por conta do espaçamento no lugar e, também, por ser uma forma da pessoa escapar do local com maior facilidade.
Companhia aérea confirmou 544m
De acordo com a companhia aérea Air India, o único sobrevivente entre as 242 pessoas a bordo foi levado para um hospital, onde está sendo acompanhado. O estado de saúde não foi informado.
“O único sobrevivente está sendo tratado em um hospital. [...] O sobrevivente é um britânico de origem indiana”, diz trecho do comunicado.
Pouco após o acidente, um homem chamado Vishwash Kumar Ramesh apareceu andando em um vídeo e afirmou ser um sobrevivente da queda. Ele estaria sentado na poltrona 11A do voo com destino a Gatwick, em Londres, na Inglaterra.
Ao jornal Hindustan Times, o rapaz disse que os problemas com a aeronave começaram após trinta segundos da decolagem. “Houve um barulho alto e o avião caiu. Tudo aconteceu muito rápido”, contou ele, que sofreu “ferimentos de impacto” no peito, olhos e pés.
O avião da Air India caiu minutos após decolar do aeroporto de Ahmedabad com destino ao aeroporto de Gatwick, em Londres, na Inglaterra. Entre as 242 pessoas a bordo, havia 169 indianos, 53 britânicos, um canadense e sete portugueses.